5.25.2007

Plot Point.

Visões Proféticas


Gosto muito de previsões apocalípticas. Tanto que, quando teve toda aquela polêmica em relação ao fim do mundo, previsto por Nostradamus, eu fiquei um pouco ansioso. Não me lembro se foi em 1999 ou 1998, mas lembro que fiquei intrigado com aquela profecia. Não que eu acreditasse nela. Simplesmente sou meio fã de profecias. Para o bem do meu fascínio, as profecias não são coisas só do século XVI. O começo deste milênio está cheio de profecias se concretizando e outras sendo elaboradas. Uma das profecias mais atuais é aquela que diz: “a interatividade é o futuro”.

Deixando o misticismo tecnológico de lado e indo direto aos fatos, os últimos anos da internet nos trouxeram novas formas de interação social. O surgimento da chamada web 2.0, no final dos anos 90, tornou possível o surgimento de plataformas digitais que servem para os usuários da internet participar ativamente no conteúdo da internet: os blogs, o orkut, o wikipedia, o youtube e o ainda não tão conhecido, last.fm. Todos esses sites têm em comum a possibilidade de o usuário postar facilmente conteúdos. Da criação de fóruns e textos explicativos à postagem de conteúdo audiovisual, tudo é possível na interação entre mente humana e tecnologia.

O last.fm é um site deste tipo. Através dele, são disponibilizadas tabelas que apontam o gosto musical dos usuários. Baixando um plug-in, o audioscrobbler, é possível que todas as músicas que o usuário ouve no computador sejam ordenadas nestas tabelas. Cria-se, assim, uma página de ordens das músicas e artistas mais ouvidos, no próprio computador, pelo usuário. Além disso, o site permite que os internautas possam interagir entre eles. Os usuários podem ver as tabelas com as ordens das músicas ouvidas por outros usuários, se adicionar como amigos, deixar mensagens e ainda saber o quão parecido é o gosto musical entre as pessoas.

Na verdade, são inúmeras as possibilidades de interação entre os usuários do last.fm. É possível sugerir músicas, saber quem, dentre todos os usuários do serviço, tem gosto musical parecido com o seu – os chamados “neighbours”, ouvir rádios específicas, feitas a partir do gosto musical de cada um... Não há limite. O last.fm ainda funciona como um wikipedia musical. Clicando no nome do artista, ou numa música qualquer, será possível entrar em links que dão informações dos artistas, quantas vezes as músicas foram ouvidas pelos usuários, fotos, músicos que fazem um tipo de som parecido.

Achou pouco? O site ainda conta com comunidades à lá orkut. E mais, é possível saber quando e onde a banda na qual você clicou fará show. Eu, por exemplo, quero muito ir no show do Kings of Convenience, no Slottsfjellet Festival, em Tønsberg, na Noruega. Só não tenho companhia. Aliás, isso também não é problema. No last.fm, também é possível publicar se você vai em algum show. É só se “adicionar” a algum evento, ou criar você mesmo um.

Ah, você não baixa mp3? Não tem saco pra isso? O last.fm, como você já deve saber, tem a resposta para suas queixas. É possível ouvir rádios pessoais a partir da sua banda preferida. Basta digitar o nome dela e clicar em “listen”, que o site monta uma rádio só com bandas parecidas com a que você escolheu.

Pareceu um parque de diversões para você? O que acontece mesmo é que, o site tem tantas funcionalidades, que poucos usuários utilizam todas. O foco dos usuários, pelo menos aqui no Brasil, é conhecer coisas novas. Amanda Reche, publicitária, 23 anos, diz que o que mais a atrai são as listas musicais de amigos e "neighbours", que são as pessoas que supostamente tem um gosto musical parecido com o seu. “Dali dá pra tirar muita banda bacana que tu não conhecia, e entrar em contato com coisas novas em geral”, afirma a usuária.

Contudo, não se pode negar que alguns serviços são realmente inovadores e bastante úteis. O serviço de rádio é um exemplo disso. Já que as rádios pessoais se baseiam na busca por artistas semelhantes àqueles da preferência dos usuários, as chances de identificação do público com essas rádios são realmente maiores do que com as rádios convencionais. Amanda concorda: “As chances de tu conhecer algo que te interesse e te chame a atenção são bem maiores”.

Será, então, o last.fm o ponta-pé inicial para o fim do locutor chato, das vinhetas de comercial intermináveis, da rádio am/fm? Não sou Nostradamus. Mas se eu fosse, eu diria que sim. É o fim!



Vinícius Silva França
Se você quiser saber quais são as preferências musicais desse blogueiro, ele também é usuário do last.fm. Para conhecer seu perfil no site, basta clicar aqui.

8 comentários:

de click em click disse...

Boa matéria, é circular e bastante informativa (o que é fundamental). Ótima sacada. Vou dar uma de Nostradamus também: esse daí vai dar prum grande jornalista... (desculpa o trocadilho, foi inevitável...).

de click em click disse...

Ah, esqueci de assinar o comentário: Lucas. hehehe...

Anônimo disse...

não tem companhia?
paga as passagens que eu pesso asilo pro elrend.
pode ser?


a amaral.

Anônimo disse...

gente eu vou parar de escrever.
tô dizendo peço com "ss".


Oo.
socorro.
suicído.

e já.

eu.
mais uma vez.

Fumei disse...

texto muito bom!

Anônimo disse...

Parabens, está muito show o site, porem vou a descoradr destes sites musicais, qua não estão a falar muita verdade, a ca em Portugal está a toca muito a musica de uns meninos brasileiros que se chamam TIÃO & TIÃOZINHO, e vossa pessoa tem que saber que estes apontamentos deste sites musicais sequer tem os ditos cantores em sua listagem. Pois.

Maia Antonia - Funchal Portugal

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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